sábado, 28 de fevereiro de 2009

Satélite nosso que estás nos céus.‏

Satélites são confundidos com UFOs
em diversificadas situações


Um aspecto que há muito desperta o interesse dos ufólogos é a controvertida possibilidade de se observar satélites artificiais em certas horas e condições. Evidentemente para os peritos em Astronáutica e astronomia tal assunto não apresenta dificuldade.

No entanto, temos notado que com o advento cada vez maior da vontade dos pesquisadores em adquirir postura objetiva e científica, mormente perante depoimentos de testemunhas de alegados avistamentos ufológicos, o problema vem oferecendo alguma barreira, principalmente para fins de registro e análise.

Nos últimos eventos de que participamos fomos abordados por colegas desejosos de trocar idéias a respeito do tema. Isso nos inspirou a elaborar esta pequena contribuição. Baseamo-nos em noções elementares de astronomia e fomos buscar em compêndios de Astronáutica as informações que aqui passamos.

Muitos ufólogos já se depararam com depoimentos de pessoas, que viram um pequeno ponto de luz varando os céus em trajetória retilínea, sem os característicos movimentos de um UFO. Partindo da premissa de que tal objeto se manifestou fora da atmosfera, como temos certeza absoluta de que se tratava de um dos satélites artificiais que rodeiam nosso planeta?

De que forma poderemos considerar o número de dados para registrá-lo em termos de possibilidades, de que se tratava ou não de um UFO? É o que estudaremos. Durante o texto, o leitor encontrará alguns termos científicos usados em astronomia, pelo que sugerimos a consulta de um pequeno glossário ou boa fonte na Internet. Como o assunto é do direto interesse do pesquisador em Ufologia, recomendamos a leitura das obras especializadas, que dão destaque a satélites artificiais, para maior entendimento.
O que é uma vigília?
Certa ocasião, alguém ergueu o dedo num auditório e lançou a pergunta: "Afinal, qual a finalidade das tais vigílias?" A resposta é óbvia. Vigília é um período de tempo escolhido pelo pesquisador para, em determinado local, observar manifestações de características ufológicas, e colher dados que justifiquem um alegado índice anormal de aparições.

O ouvinte, desejoso de informações acadêmicas, retrucou logo: "Em suma, vocês são uma turma de loucos que vão para o mato caçar disco voador". Em princípio ele teria razão. Não se pode lançar mão da vigília com a única finalidade de avistar um UFO.

Ela tem utilidade bem ampla. Muitos depoimentos originam-se da confusão que o mal informado faz quando avista um fenômeno natural pouco comum e principalmente ao observar fenômenos artificiais de apresentação à primeira vista indefinível. É o caso de automóveis e tratores no alto de serras e, ao mais das vezes, dos satélites artificiais.

A vigília é oportunidade para se registrarem, além de outras, aparições de engenhos conhecidos e ocorrências naturais, que possam ser confundidos com UFOs. Método científico é o comparativo, checagem de informações precisas é importante e podemos concluir por uma coincidência de dados.

Comum observarmos o nascimento de um astro no horizonte, onde o espetáculo é notável em períodos de atmosfera carregada, que funcionando como lente, torna o brilho da estrela bastante ampliado. Munidos de uma carta estelar, sabemos que há tal hora e em tal posição, tendo como um ponto de referência algum acidente geográfico ou topográfico, uma estrela, "X", surgiu no céu observável.

A evidência do fenômeno pode impressionar um leigo, que julga ter sido testemunha de uma aparição ufológica.A má informação torna tão frágil a impressão do observador, que confusões assim são mais comuns do que se supõe. Temos registros de pessoas que juram ter visto discos voadores, que, no entanto, eram automóveis em estradas isoladas, invisíveis à noite.

De "contatados" que se comunicaram telepaticamente com tocos de árvores pegando fogo no pasto (como conta de maneira hilariante o pesquisador brasileiro Roberto Beck) e assim por diante. Ocorrências astronômicas são mais comuns em casos de confusão.

Nós mesmos, com nossa equipe, fomos vítimas da estrela Alfa da Constelação do Centauro, quando o fator emocional nos jogou num verdadeiro e constrangedor frenesi, diante da possibilidade de estarmos enxergando um enorme UFO, que ao telescópio apresentava-se como duas bolas unidas.

Diga-se de passagem que a famigerada explicação dada pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) a avistamentos de UFOs, como se fossem observações do planeta Vênus, à época do Projeto Livro Azul, não era tão desrespeitosa. Vênus já fez congestionar nossos telefones por inúmeras vezes.

Os trabalhos na vigília não se restringem a observação noturna. O dia deve ser utilizado para colherem-se dados de eventuais observações da noite anterior, perante pessoas da cidade e do meio rural circundante. Pelo método comparativo, a observação de um suposto UFO no mesmo sítio do espaço, na mesma hora e de idênticas características visuais ao nascimento do nosso astro "X", cai diante da probabilidade de se ter observado o tal astro, que é praticamente de 100%.

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