segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Balão de teste quebra recorde de autonomia de vôo‏

Os balões podem voar em torno do planeta em latitudes
médias em qualquer momento do ano

Um balão de teste da Agência Espacial Americana (Nasa) que flutua nas brisas estratosféricas por sobre a Antártida bateu o recorde de autonomia de vôo para balões, em 8 de fevereiro. A marca anterior havia sido estabelecida em, 2005, quando um balão se manteve em vôo durante 42 dias como parte de uma experiência sobre raios cósmicos.

"Foi um vôo soberbo", diz David Pierce, diretor do programa de balões da Nasa no Centro de Vôo Espacial Goddard, em Wallops, Virgínia. "Estamos provando que balões são uma plataforma viável".

Os balões há muito vêm sendo uma maneira barata de os cientistas colocarem instrumentos em vôo acima de
99%
da atmosfera, que perturba a maior parte das experiências científicas: perto do limiar do espaço, mas sem as despesas geradas pelos foguetes e pelo tempo longo de desenvolvimento dos satélites.

O calcanhar de Aquiles, porém, é o de que as experiências estão limitadas há alguns dias ou poucas semanas, antes que os balões comecem a vazar hélio e caiam de volta à Terra. Mas vôos de
100
dias são a meta declarada para o estilo de balão testado com esse mais recente protótipo.

Os revestimentos plásticos ultrafinos que envolvem esses balões de "super pressão" os selam à ação da atmosfera. O balão em forma de abóbora suporta as diferenças de pressão causadas pela oscilação diária de temperaturas por meio de cristas ou "tendões" que detêm sua expansão.

A maioria dos balões convencionais, cujas formas se assemelham às dos usados para transportar pessoas, estão abertos à atmosfera e flutuam em termos de altitude quando dia e noite se alternam. Isso restringiu vôos longos de balões convencionais às regiões polares nas quais dia e noite duram meses.

Mas mesmo lá, os balões podem apresentar variações de altitude da ordem de milhares de metros - e isso acarreta dificuldades de cálculo para os astrônomos.


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