sábado, 28 de fevereiro de 2009

Satélite nosso que estás nos céus.‏ II

Planeta Vênus, velho conhecido dos ufólogos
e causador de diversos equívocos em leigos



Satélite, constante intruso
Durante uma vigília, qualquer coisa que se mova no espaço paralisará nossos nervos. A parte aviões, que ao lado de fenômenos naturais devem ser objeto de outro estudo, vamos nos ater aos satélites artificiais. De pronto o caro leitor se pergunta se há uma maneira segura de se afirmar se um ponto de luz em movimento a grande altitude não se trata de um UFO.

É claro que não. Mas a finalidade deste trabalho é descobrir a fórmula de um processo eliminatório, portanto específico aos horários e condições prováveis de observação de satélites. Sou compelido a tecer um comentário importante: sempre que um fato ufológico movimenta a imprensa, a tendência é solicitar o parecer de um astrônomo.

Nada mais certo à primeira vista, levando-se em conta a possibilidade de ter ocorrido a confusão com um evento astronômico. Mas não se justifica ao extremo. Foi exatamente um astrônomo quem nos chamou a atenção para isso. O incidente UFO é acontecimento de baixa altitude, estatisticamente falando.

O astrônomo quase sempre observa um sítio certo do espaço, tendo o seu telescópio regulado num campo restrito, com o foco direcionado para distâncias imensas fora da atmosfera. Caso um objeto cruze a frente de seu telescópio, o que já seria rara coincidência, provavelmente o estudioso sequer o notaria, em virtude da distância focal.

Ademais não vemos outros fatores que justifiquem ao astrônomo opinar sobre UFOs, somente porque se tratam de eventos cuja característica é o vôo. Enfim, os acontecimentos elementares de astronomia são necessários ao ufólogo. A recíproca talvez não seja imprescindível. Vulgarmente os satélites, em termos visuais, são pontos de diversas intensidades de brilho cruzando o espaço em linhas características conhecidas dos aviões, entre elas as do vôo por instrumentos.

Podemos acompanhar a trajetória de satélites de variados tamanhos e brilhos. Esses silenciosos caminhantes espaciais tomaram conta do céu a partir de 04 de outubro de
1957
, quando o Sputnik abriu a leva de engenhos artificiais colocados em órbitas da Terra.

Um cálculo nada exagerado afirma que em média coloca-se um satélite em órbita por semana. Diversos países têm tecnologia propícia à farta utilização de satélites artificiais, como EUA, França, Holanda, Canadá, Itália, China etc. Suas destinações, além de bélicas, são inúmeras, por canais que substituem, mais propriamente, todos os cabos submarinos, meteorologia, com destaque à previsão do tempo via TV, avisos sobre furacões e tempestades, cartografia, informações sobre colheitas e pragas, distribuição de águas de superfície, indicação de poluição de água e ar, navegação, medições astronômicas e outras infindáveis pesquisas de astronomia, mormente após a colocação de telescópios infravermelhos fora da atmosfera, além da internet.

São tantos os satélites, parte deles visível a olho nu, que alguns acordos aéreos entre potências foram firmados com o lançamento de satélites de controle do tráfego aéreo para regularizar a segurança nos ares. Que nenhum ufólogo se assuste quando observar, o que não é raro, vários satélites cruzando os céus simultaneamente na mesma trajetória, como verdadeira esquadrilha.

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