sábado, 28 de fevereiro de 2009

Satélite nosso que estás nos céus.‏ V

Reflexo de um satélite Iridium (E).
Imagem de UFO flagrado em vigília


Informações complementares

Para aqueles que costumam permanecer de vigília até que o Sol volte a raiar, é bom lembrar que o dia começa à meia-noite, zero-hora. Tudo volta a pesar com a mesma média de tempo antes do Sol nascer, quando voltaremos a vislumbrar satélites até que a claridade volte a ofuscar o espaço.


O fato é que os satélites são eclipsados, e dependendo da altitude, capacidade de reflexão, órbita e tamanho, sofrem os mesmos efeitos visuais dos astros. Referimo-nos, por exemplo, à Lua. Os eclipses lunares nos dão maior clareza de entendimento, pois a Lua está sujeita à incidência dos cones.

Caso a órbita da Lua corresse no mesmo plano da Terra haveria eclipses amiúde. Ocorre que a Lua e a Terra têm suas órbitas em planos inclinados, daí mesmo em conjunção (mesmo plano em linha reta entre a Terra e o Sol) passa pouco abaixo ou pouco acima do Sol.

Identicamente, quando a Lua está em posição, não entra no cone de sombra, mas passa abaixo ou acima dele, sendo sempre visível sem escurecer. Aos que não entenderam o porquê de não vermos satélites quando eles mergulham no cone de sombra, devemos informar que, durante os eclipses, a Lua pode levar até duas horas para sair do mesmo cone, cujo diâmetro lhe é bem superior. Outra dúvida restaria ao tratarmos dos tipos de órbitas desenvolvidas por satélites.


Não nos referimos às órbitas sincrônicas com o Sol. Tais trajetórias, estabelecidas com o máximo de precisão exigida, evitam que o artefato entre no cone de sombra. Ele sempre estará iluminado pelo Sol, mas a nossa posição geográfica, quando se tornar região de sombra, já estará longe do aparelho e não o veremos em virtude da distância, ou seja, o seu brilho não chegará até nós.

Os satélites mais visíveis, em virtude do seu poder de reflexão, são os construídos com uma espécie de plástico metalizado, semelhante ao dos balões de estratosfera. São infláveis e têm quase a mesma função de balões científicos de estudo atmosférico a altitudes elevadas.

Alguns bem famosos assustaram muita gente à noite, como os da série Echo, de dimensões incríveis, com cerca de
40 m de diâmetro. Ao lado da série Telstar se constituíram bons pontos de observação visual, apesar de relativamente pequenos. Não podemos deixar de citar, igualmente, os satélites Iridium, em órbita a 800 km de altitude, que se apresentam como uma luz que surge no espaço, ficando cada vez mais intensa enquanto se move lentamente, até que supera o brilho de todas as outras estrelas do céu.

É surpreendente e confunde muito com um UFO genuíno, mas tudo se desfaz na mesma velocidade com que surgiu, em alguns segundos. Trata-se de uma antena que reflete a luz do Sol direto para a Terra, criando um foco de luz com 10 km de diâmetro.


Iridium, satélite de reflexos solares surpreendentes


Crédito da foto: Paulo Anibal e arquivo UFO
http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=4130




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